Desculpe o auê.

E me disseram que o amor tudo suporta...

Tá lá na Bíblia.

E suportar parece ser tão pesado, mas refleti e entendi.

O amor é tão simples, tão humilde que sentimentos mesquinhos, como o ciúme, consegue minar sua estrutura e fazer líquido aquilo que antes estava sólido.

O ciúme age meio que sorrateiro e vaio ganhando corpo, uma constante luta entre o ceder ou permanecer no amor. Um desejo de vingar, de fazer doer a dor que ele mesmo constrói e não o outro. Um oco no corpo, onde o único som é do seu eu, gritando por você e não mais por nós, como o amor ensina.

Mas aí nesse momento em que o egoísmo tomou conta, porque o ciúme é egoísta, foi que percebi que o amor suporta e faz novo aquilo que por instante foi o começo do fim.

O amor na sua singeleza faz reagir a força que há na ação de está junto, e aí o ciúme perde a vez, pois no espaço que existe eu e você, o meu eu não sobreviverá, pois no meu singular só existe sentindo se você for o meu plural.

Desculpe o auê... Eu não queria, mas...

Eu te amo!

Ps: O amor é a melhor vingança. Torturar com gentilezas, criar arrependimentos silenciosos. (CARPINEJAR)