quinta-feira, 12 de abril de 2012

Crise.


- Então você não terá mais crise?
Fiquei com isso, esperando a resposta vir, chegou!
A crise chegou!
Quero sorrir, meus olhos querem chorar!
Afasto de mim as razões da dor, mas a linha do horizonte que me traz à força, se faz distante.
Pisou, pisou bem!
Conseguiu, minha prepotência foi desmoronada, meu sorriso se transforma em uma coisa que nem sabia mais fazer direito, sofrer! Ser amargo!
Já me dei o prazo de 24 horas para o sofrimento vira pelo avesso e ser força. Mas o resquício disso, o que respinga na minha pele não serão bons frutos, como esperam desse ramo que as vezes se refaz sem que seja visto.
Dessa vez, me desculpem, alguns comerão da angustia do ramo. Do "veneno" que usaram como crescimento nele, mas voltou contra o agricultor.
Tentei, tentei, não quero ser, mas já estou sendo.
Em crise!

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Lua, estrela, eu e você.

Eu estava ali sentado.
Na poltrona ímpar daquele ônibus de cortinas verdes.
Estava na janela, com o braço na janela.
E lá fora, lá da janela, eu via tudo lá fora. E como eu gosto de ver lá fora da janela do ônibus. Paisagens que só contemplarei e nunca viverei! Mistérios!
E nesses mistérios dos lugares que passamos e nunca paramos, da janela do ônibus, com o braço na janela, foi que olhei lá no teto do mundo e vi a lua minguante e uma estrela, que no meu olhar estavam perto. E no start, imaginei o desejo existente da estrela em deitar seu corpo na lua, e se amarem. Olhei, olhei, e nada, até que de repente, uma nuvem acolheu o desejo, e ali, no mistério da nuvem, luzes saiam ao redor dela.
E a nuvem passou, e a lua e a estrela raiavam um brilho que antes não tinham, e percebi que no coberto das nuvens, a lua, as estrelas, os planetas e o que há, fazem amor e voltam mais brilhantes.
"Plâncton é um bicho que brilha quando faz amor. E brilhamos", já dizia Caio Fernando Abreu, e assim foi!
Brilhou estrela, brilhou lua e brilha meu olhar, por você! Esperando brilhar meu corpo com você.