sexta-feira, 5 de abril de 2013


Poderia me despir de toda verdade que sou, mas com tamanha dor que sua falsidade me proporciona.
Essa dor é de um amargo terrível. Amargo que desce garganta abaixo e faz ânsia, em pensar como pode ser tão tolo, a população que por ti se deixa manipular.
Um sorriso, um encanto, um santo... Um, dois, três... Conto cada minuto para não me perder de mim ao te encontrar, mas ao acontecer, todas as sinapses focalizam na raiva que me toma...
Estou assim quebrado, mas como disse Maria Escandalosa: "quando eu me espalho ninguém me junta". 
Ah! Cuidado eu corto... Só que por dentro.
Por mais verdadeiro que a gente seja, tem gente que merece minha máscara! Foda-se...

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Dezessete


Aos dezessete anos eu pedi um amor.
Na vulnerabilidade dos romances passageiros que se ama até dez passos de distância.
Na quantidade de bocas que se beija nas festas populares.
Nos corpos que se encontram para o desejo, mas não tocam a alma.
Quando isso tudo era muito corriqueiro, eu pedi um amor.
Gritei ao céu, a deusa do mar, joguei cartas, búzios, consultei a feiticeira da esquina, e ela até me disse: "Meu menino, nascemos para encantar. Todos nós somos feiticeiros, encantamos o outro". Mas sua resposta não foi satisfatória.
Sai pela rua a procurar, achei um, outro, outro, beijei, senti seu suor no meu corpo, mas ainda assim não tinha um amor.
Como queria e quero um amor.
Aos dezessete anos eu pedi um amor. 

terça-feira, 26 de junho de 2012

De onde vem?


De onde vem o brilho do olhar que se tem no corpo magro do menino moreno com quadris largos que pulsa o coração só para viver o amor que tem por ti?
De onde vem a alegria do menino magro de pele negra que é tão amado e respeitado por todos?
De onde vem as nuances do teu corpo quando toca o outro e assim fecunda o orgasmo?
De onde vem a raiva que o garoto senti quando o terreno que ser minado por outrem? 
De onde vem tanto desejo de está perto se tem caminhos que nós separam?
De onde vem a ousadia de ser contrario ao que é designado normal?
De onde vem a certeza do que sentes se um vento de novidade estremece a certeza?
De onde vem tantas palavras belas que as vezes se fazem farpas para o outro?
De onde vem as lágrimas, os sorrisos, os cuidados, os beijos, o sexo, o ar, o vento....?
De onde vem esses 730 dias?
.Vem
..do
...Amor!!


segunda-feira, 28 de maio de 2012

Seu


Isso não é um pedido de namoro, rs. 
Nem uma declaração banal de jornal de quinta. 
Isso é só para dizer, que mesmo que não tenha você como quero, tendo o pouco que tenho, me contento. Pois quando se tem algo por alguém, nesse pouco que se tem, tem muito... 
Afinal, quem é completamente do outro?

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Crise.


- Então você não terá mais crise?
Fiquei com isso, esperando a resposta vir, chegou!
A crise chegou!
Quero sorrir, meus olhos querem chorar!
Afasto de mim as razões da dor, mas a linha do horizonte que me traz à força, se faz distante.
Pisou, pisou bem!
Conseguiu, minha prepotência foi desmoronada, meu sorriso se transforma em uma coisa que nem sabia mais fazer direito, sofrer! Ser amargo!
Já me dei o prazo de 24 horas para o sofrimento vira pelo avesso e ser força. Mas o resquício disso, o que respinga na minha pele não serão bons frutos, como esperam desse ramo que as vezes se refaz sem que seja visto.
Dessa vez, me desculpem, alguns comerão da angustia do ramo. Do "veneno" que usaram como crescimento nele, mas voltou contra o agricultor.
Tentei, tentei, não quero ser, mas já estou sendo.
Em crise!

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Lua, estrela, eu e você.

Eu estava ali sentado.
Na poltrona ímpar daquele ônibus de cortinas verdes.
Estava na janela, com o braço na janela.
E lá fora, lá da janela, eu via tudo lá fora. E como eu gosto de ver lá fora da janela do ônibus. Paisagens que só contemplarei e nunca viverei! Mistérios!
E nesses mistérios dos lugares que passamos e nunca paramos, da janela do ônibus, com o braço na janela, foi que olhei lá no teto do mundo e vi a lua minguante e uma estrela, que no meu olhar estavam perto. E no start, imaginei o desejo existente da estrela em deitar seu corpo na lua, e se amarem. Olhei, olhei, e nada, até que de repente, uma nuvem acolheu o desejo, e ali, no mistério da nuvem, luzes saiam ao redor dela.
E a nuvem passou, e a lua e a estrela raiavam um brilho que antes não tinham, e percebi que no coberto das nuvens, a lua, as estrelas, os planetas e o que há, fazem amor e voltam mais brilhantes.
"Plâncton é um bicho que brilha quando faz amor. E brilhamos", já dizia Caio Fernando Abreu, e assim foi!
Brilhou estrela, brilhou lua e brilha meu olhar, por você! Esperando brilhar meu corpo com você.